segunda-feira, 9 de abril de 2018

Wild Wild Coutnry


Desde pequena, eu sempre tive o pé atrás em relação às pessoas que se dizem predestinadas ajudar as pessoas do planeta terra. Em alguns casos, eu torcia bem o nariz e, com Osho não foi diferente. Olhava para o rosto dele e pensava, “tem alguma coisa errada nele”, porém nunca fui longe de disso e nunca o julguei.

Aliás, admito que nunca li nada a respeito da sua vida e nem sobre o que ele fez para as pessoas quando esteve vivo, apenas li um único livro seu.

Eu espero que alguém que esteja lendo esta postagem, que acompanha o trabalho dele, possa me corrigir se eu estiver errada. Tudo o que escrevo aqui foi baseado na série da NetFlix “Wild Wild Country”, a qual conta como ele, Osho, foi expulso dos EUA.

Apesar de Osho ser o pano de fundo do documentário, boa parte dele é sobre como ele construiu a cidade Rajneeshpuram, em Oregon, nos EUA, e a partir daí criou-se um mal estar entre os moradores locais conduzindo sua expulsão do país quatro anos depois.

Pelo que assisti, algumas coisas me deixaram bem intrigada, vindo de uma pessoa “iluminada” como Osho:

- Qual a razão dos seguidores usarem roupas em tons vermelho, alaranjado e/ou rosa? E por que ele mesmo não usava essas cores?
- Se ele era um líder espiritual, por que se fechou por mais de três anos sem falar com ninguém?
- Por que estender um tapete vermelho com flores para ele sair do carro? Que, aliás, era sempre um Rolls-Royce.
- Se ele pregava o desapego, por que ele tinha tantos relógios caros e dúzias de carros Rolls-Royce?
- Por que, quando ele foi questionado sobre a fuga de sua secretária, Ma Anand Sheela, ele usou de um tom agressivo, dizendo que ela estava usando drogas e que “ela não é uma mulher e sim uma puta” (palavras dele que podem ser ouvidas no documentário)?
- Será que ele realmente não sabia dos crimes cometidos por Sheela?

Não estou desmerecendo o legado que ele deixou, apenas estou comentando a respeito do documentário, o qual deixou de falar sobre o que Osho fez para seus discípulos. Muita pouca coisa foi mostrada a respeito de seus ensinamentos e, pessoas que não conheciam/conhecem seu trabalho como eu, após assistir ao documentário, pode achar que ele não passou de mais um farsante. Infelizmente, foi o que eu senti. Sem mencionar que Sheela foi o braço forte na construção de toda a cidade. Osho nem sequer apareceu para dar uma forcinha. E com a saída dela é que as coisas começaram a desmoronar.

O documentário também mostra o lado cruel dos americanos. Quando eles não gostam de alguém, eles fazem de tudo para acabar com a reputação da pessoa, seja ela famosa mundialmente ou não. Uma coisa eu concordo com uma das pessoas entrevistadas, “Os EUA não estão preparados para receber pessoas como os sannyasins.

Apesar disso tudo, algumas coisas me agradaram:

- A cidade trouxe vida ao deserto de Oregon;
- As pessoas estavam sempre felizes;
- Havia colaboração entre as pessoas;
- Não havia violência e nem preconceito de nenhum gênero.

Talvez, foi tudo isso que assustou os moradores de Oregon. Tudo que é muito novo, cria resistência.

Não tenho uma opinião exata sobre o filme e nem sobre Osho. Apenas me deixou ainda mais confusa em relação aos seus ensinamentos, voltei a torcer o nariz.

Será que estou errada?


Tânia
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