segunda-feira, 19 de março de 2018

Quando tudo muda...e você se torna mais forte.



Eu tinha acabado de completar 12 anos e, eu e minhas irmãs já estávamos de férias escolares, então, meu pai decidiu levar a família toda para viajar com ele para Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul.

Viajamos de carro. Loucura, mas foi uma das loucas aventuras da minha vida e eu adorei tudo aquilo. Chegamos a Bento Gonçalves em 12 horas.

Dois dias depois, minha mãe decide pegar o carro para ir até Gramado para conhecer a cidade. Fomos eu, minha irmã do meio e minha mãe. Meu pai tinha de participar de uma reunião de trabalho e minha irmã mais velha não quis ir, queria ficar com os amigos da cidade que acabara de fazer.

A viagem a Gramado foi linda. Logo em seguida, decidimos ir até Canela, outra cidade linda, muito conhecida por fazer os chocolates mais deliciosos da região. E são mesmo! (risos)

Na volta, minha mãe dirigia, a minha irmã ficou no bando do passageiro e eu fiquei no banco de trás, sem largar a câmera fotográfica, pois eu tinha tirado muitas fotos lindas. Naquela época não existia câmera digital, sem mencionar que câmera fotográfica, por menor modelo que fosse, era cara demais.

No meio do caminho começou a chover bem forte. Cheguei a pensar em pedir para a minha mãe estacionar o carro e esperar a chuva passar, já que eu vi muitas pessoas fazendo isso pelo caminho. Não sei o que houve, mas não consegui dizer nada e me deitei no banco para dormir.

Acordei de supetão com alguém que me puxava para fora do carro. Como eu ainda estava sonolenta, eu dizia que queria continuar dormindo, quando alguém respondeu:

- Você sofreu um acidente, precisa acordar.

Foi quando me dei conta de que realmente a coisa era séria.

Minha mãe batera o carro na estrada do sul do Brasil.

Nós mal conhecíamos a cidade. E agora?

As pessoas que nos socorreram levaram-nos para o hospital mais próximo. Lá, um policial veio falar comigo, porque eu era a única que estava consciente. Eu só me lembrava do nome do hotel em que estávamos hospedados e a empresa onde meu pai trabalhava na época.

Resumindo. Fiz uma pequena cirurgia na testa para fechar o corte que tinha. Minha irmã quebrou a perna e, como não usava cinto de segurança (naquela época não era obrigatório), deu de cara no vidro da frente o carro e rasgou todo seu nariz, precisando de uma cirurgia plástica. A minha mãe fraturou as duas pernas e passou um ano em Bento Gonçalves para fazer umas oito cirurgias nas duas pernas, porém ela tem sequelas até hoje.

Essa história foi a primeira de outras histórias que me fez mudar o rumo da minha vida.

Aos 15 anos, quebrei o tornozelo direito andando de skate. Em 2011, tive fratura exposta do cotovelo direito ao andar de bicicleta e fiz duas cirurgias em cinco dias.

Já fui demitida algumas vezes. Também fui recusada em alguns empregos ou projetos.

Peguei meu ex-namorado com outra na casa dele.

Tomei antidepressivos.

Meus pais se separaram quando eu tinha 30 anos.

Meu pai morreu em 2004, de câncer. Minha vó morreu dois anos antes, também de câncer.

Mudei de profissão aos 35 anos quando fui demitida do lugar que eu mais amava trabalhar.

Tentei o suicídio em 2010.

Em dezembro de 2017, fui demitida, novamente.

A vida, o tempo todo, cria situações que nos fazem paralisar para que possamos nos mexer e sair da zona de conforto.

Isso nunca deixará de acontecer.

O que não podemos permitir é que isso nos paralise de vez.

Viva a vida intensamente, com amor no coração e permita-se ser feliz todos os dias, custe o que custar.

Só não desista.

Você mais forte do que tudo isso.

Boa semana.

Tânia
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