quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Budismo, relato de experiência: Ignácio Ferreira


Meu nome é Inácio Luís Iglesias Ferreira e sou portador da Síndrome de Down.

Sou membro da DMJ do Bloco Morro das Pedras da Comunidade Campeche, Distrito Sul da Ilha da Área Florianópolis. Me converti junto com minha mãe e irmãs em  2010. Na época eu era da DE (Divisão de Estudantes).

Assim como eu andei nestes últimos anos, devagarinho foi surgindo em mim o desejo de participar das reuniões e de estar junto aos companheiros.

Atualmente atuo no grupo musical, um pré-grupo horizontal.

Nas duas apresentações oficiais do grupo eu estive lá. Como também estive nas apresentações da banda do distrito Sul da Ilha.

As reuniões da DE, da Comunidade Campeche, são na minha casa, nessas reuniões eu gosto de dividir o Doshi (pessoa que mantém o ritmo do Gongyo) e fazer o Sansho (recitação do Nam-Myoho-Renge-Kyo três vezes, geralmente feito no final das reuniões). No último encontro da DE fizemos uma trilha e depois um teatrinho que eu também participei. Em 2014 por ocasião do Festival Familiar a Área Florianópolis apresentou a peça teatral “A lua e a princesa” e eu atuei junto com o elenco e com o grupo musical da DJ (Divisão de Jovens). Foi uma experiência incrível e verdadeira que me deixou muito feliz.
Sempre que meus pais me perguntam se quero ir a alguma atividade minha resposta é “sim”!

Sinto verdadeira paixão por atuar pelo Kosen-rufu e de estar junto aos companheiros. Na organização meus abraços demorados são recebidos com sorrisos e mais abraços. Eu vejo todo o carinho e proteção comigo. É por isso que eu quero estar aqui, eu quero fazer o mesmo por todos.

É maravilhoso ser visto como eu realmente sou. Vai muito além das dificuldades que tenho nesta vida, se não posso ler ou não sei falar direito. O maior benefício é estar vivo e ser um bodisatva da terra junto com vocês.

Mostrando a todos que não há limites para a benevolência e o amor. Que somos felizes agora superando nossas dificuldades. Cada um de nós pode vencer qualquer problema que esteja sofrendo, vamos ter coragem para enfrentar esse problema, vamos ter fé de que somos vitoriosos e vamos vencer agora. Tudo começa a partir de agora.
Queridos amigos, continuarei me esforçando para escrever uma história de vitória e nunca irei desistir da missão pelo Kosen-rufu.

Amo todos vocês e todos cabem no meu coração.

Obrigado.


Inácio Luís Iglesias Ferreira, por Rodrigo Luís Rocha Ferreira (pai)

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Namastê!

Tânia
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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Fora da caridade não há salvação


Quando eu era espírita, as pessoas viviam me dizendo que eu deveria ajudar as pessoas se eu quisesse que a minha vida “andasse para frente”. Sinceramente? Isso me deixava “p**** da vida”. Como é que eu vou ajudar as pessoas se eu não consigo me ajudar? E por acaso as pessoas me ajudam?, eu pensava, tamanha era a influência do meu ego.

E pensei assim por muitos anos.

Hoje, a coisa mudou.

Se não ajudarmos uns aos outros, não seremos salvos. Não evoluímos e não estamos cumprindo a nossa missão aqui no planeta.

Ajudar não é apenas dar dinheiro ou comprar mantimentos para as pessoas carentes.

Ajudar pode ser...

- apoiar as pessoas em suas escolhas;
- dizer “bom dia” para todas as pessoas que encontrar pelo caminho;
- ouvir aquele seu amigo que está enfrentando dificuldades;
- trabalhar como voluntário, ensinando algo que você sabe fazer;
- gerar empregos;
- adotar uma criança ou animal de estimação;
- escrever um livro de autoajuda, motivação ou qualquer assunto que ajude as pessoas;
- parar de falar mal das pessoas e participar de fofocas e intrigas;
- preservar o meio-ambiente;
- fazer coleta seletiva de lixo;
- doar coisas que não usa mais;
- se oferecer para ajudar alguém a atravessar a rua, carregar a sacola etc;
- montar um grupo de estudos para crianças carentes;
- atravessar na faixa de pedestre, usar a passarela e não estacionar em lugar para deficientes, gestantes e idosos;
- devolver o troco que veio a mais e o caixa nem tinha percebido;
- pagar suas contas em dia;
- não reclamar que tem de trabalhar na segunda-feira, ou em qualquer dia da semana;
- não reclamar do chefe, é ele quem paga seu salário, lembra?;
- não matar;
- não roubar;
- não trair;
- não passar a perna em alguém;

A lista é enorme.

Acrescente aí o item que você quiser. Se estiver fazendo bem para as pessoas, está ótimo.

Se quiser dar dinheiro e mantimentos, também é ótimo. Não disse que não poderia, apenas disse que não seriam as únicas coisas a fazer como caridade.

Não importa o tamanho da sua caridade, o que importa é que não estamos aqui sozinhos, sempre existirá alguém precisando de alguma coisa que você tem a oferecer. Pode ser uma conversa ou pode ser uma permuta de trabalho. O que bacana? Você ainda estará fazendo caridade, porque, na verdade, a frase correta seria: FORA DO AMOR NÃO HÁ SALVAÇÃO.

Fazer caridade é dar amor às pessoas.

Demorei muito tempo para entender o conceito “fora da caridade não há salvação”. Eu também pensava que deveria dar dinheiro, fazer doações de alguma coisa. E olha que eu já fiz muito disso, mas achava que era só isso. Não é! É fazer o bem sempre, sempre com amor, e sempre com a mente tranquila sem esperar nada em troca. Viemos a este planeta para dar amor. É só isto que importa.

Quando ajudamos os outros, ajudamos a nós mesmos e, segundo o professor Hélio Couto, quando ajudamos os outros, produzimos neurotransmissores, como dopamina, endorfina entre outros, as quais geram alegria e bem-estar.

Você está esperado o quê?

Já deu seu amor hoje?

Namastê.

Tânia
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quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Budismo, relato de experiência: Nadege Jardim

Meu nome é Nadege, sou uma das hantans (responsável) do bloco Morro das Pedras da Comunidade Campeche, distrito Sul da Ilha. Pratico o budismo de Nichiren Daishonin desde o dia 23 de Setembro de 2003.

Lembro perfeitamente da data, do dia, do momento inesquecível em que isso aconteceu. Foi na minha primeira reunião, quando recitei o NAM MYOHO RENGE KYO pela primeira vez, no Bloco Lagoa, Comunidade Ipanema, na CRJ.

Nesses 14 anos de prática tive muitos benefícios conspícuos (Visível; que é visto com facilidade; facilmente percebido), mas posso dizer que os mais maravilhosos foram os inconspícuos. Aqueles que são imperceptíveis num primeiro momento, mas que com o passar do tempo florescem de forma tão extraordinária, que superam nossas expectativas.

Perdi a minha mãe em abril de 1994 e meu pai em 2002. Vi-me completamente perdida, nada parecia fazer mais sentido, e como a minha vida parecia não ter mais importância, comecei a adotar vários comportamentos de risco, pois não me importava se algo acontecesse. Foi por pura sorte que nunca aconteceu nada comigo. Era nesse estado de vida que eu me encontrava quando fui à minha primeira reunião.

A primeira vez que eu me sentei e recitei NAM MYOHO RENGE KYO, o efeito foi imediato e fulminante. Senti uma felicidade muito grande, foi indescritível, na mesma hora tive consciência de que tinha encontrado algo de valor inestimável, o que eu queria para a minha vida e o que eu queria para mim.

A partir daquele momento, tudo mudou, pois como recitar NAM MYOHO RENGE KYO eleva o estado de vida, eu não sentia mais vontade de agir de forma autodestrutiva, as coisas que me faziam mal foram se excluindo da minha vida, porque eu não queria mais me destruir. Eu queria ser feliz. Desde então eu realmente passei a acreditar que devia e podia ser feliz.

Na época eu não sabia, não entendia ainda o conceito de missão, nem como funcionava a organização, mas sentia um desejo muito grande de participar, de fazer tudo que eu pudesse devotar minha vida à prática do budismo e também para que as atividades corressem da melhor maneira possível. Então, não estranhei nem achei nada demais quando a hantan do meu bloco me pediu para recepcionar e conversar com todas as shakubukus (pessoas que estão interessadas no Budismo) da DFJ que chegassem às reuniões e para anotar os nomes e os contatos delas. Eu fazia, porque eu queria ajudar. Da mesma forma, participava ativamente de todas atividades. Não fazia ideia de que estava sendo treinada. nem da grandiosa oportunidade que estava recebendo. Esse início foi extremamente importante, porque me ensinou que o que move nossa atuação não é o cargo, é a nossa paixão e o nosso coração, o nosso desejo de concretizar o kosen rufu (propagação do Budismo no mundo todo).

Tive a boa sorte de receber intenso treinamento na DFJ. Fui dirigente de bloco, comunidade e distrito, atuei no grupo Cerejeira e no grupo Mamorukai.

Quando chegou o momento de me formar, recebi um grande benefício: ficar um mês a mais na DFJ para poder fazer parte da primeira turma grupo Ikeda Kayo Kai do Brasil. Na reunião do Kayo Kai, no dia 17 de janeiro de 2009, cada DFJ do grupo fez um juramento para o Sensei, nossas determinações para 2030 (ano do centenário da Soka Gakkai) que enviamos para o Japão.

As minhas determinações foram as seguintes: “Fazer do kossen rufu minha vida, ser um grande valor dentro e fora da Gakkai. Ter uma família em total harmonia e em Itai Doshin (diferentes em corpo, unidos em mente) com o coração do Ikeda Sensei e concretizar muitos shakubukus com meu trabalho.”

Desde então, eu venho lutando para cumpri-las.

Em 2018, vai completar nove anos que encontrei aquela que olha na mesma direção junto comigo. Tenho uma família em harmonia e em Itai Doshin com o coração do Sensei, exatamente como determinei.

Com relação a segunda parte do meu juramento, acho que cabe citar minha parte favorita do poema Brasil, seja monarca do mundo! – de Daisaku Ikeda, que serve de bússola para minha vida profissional:

"Não faz mal que seja pouco, o que importa é que o avanço de hoje seja maior que o de ontem. Que nossos passos de amanhã sejam mais largos que os de hoje."

Em 2007, comecei a escrever e a postar num site de literatura lésbica, usando o pseudônimo de Diedra Roiz. No início, foi apenas brincadeira, só que comecei a ter um retorno muito grande. Recebia vários e-mails e mensagens de leitoras incentivando e elogiando meu trabalho, mas também contando sobre a vida delas e muitas vezes pedindo conselhos e orientações. Toda vez que isso acontecia, eu ensinava o NAM MYOHO RENGE KYO, enviava um áudio com Daimoku e alguns textos com princípios básicos do budismo. As leitoras que me procuravam pedindo ajuda e, as que moravam no Rio eu convidava para ir às reuniões e na sede. As que moravam fora do Rio, eu procurava um contato onde a pessoa morava e mandava para uma reunião de lá.

Foi então que me dei conta de que eu tinha uma grandiosa oportunidade, de abraçar a missão de propagar o budismo através da minha escrita, seguindo os passos do Sensei, que é um grande poeta e escritor, e conforme o juramento do Artista Soka do Brasil:

"Fazendo do coração do meu mestre, Daisaku Ikeda, o meu próprio, eu desbravarei os caminhos da paz e da cultura, abrindo livremente as asas da criação no palco de minha missão. Eu sou protagonista, bodisatva artista!"

Atualmente, tenho doze livros publicados e um deles é o que mais parece tocar o coração das leitoras. Natural que assim seja, pois acima de tudo, é um romance sobre revolução humana, de transformação através da prática budista.

Com essa história, que agora virou livro, fiz shakubukus em vários lugares do Brasil (a última foi dia 29 de outubro de2017, em Salvador) e espero concretizar muitas shakubukus ainda. Às vezes recebo mensagem de alguma leitora, que sequer conheço, dizendo que está praticando ou que recebeu Gohonzon (mandala para a prática Budista) e que conheceu o budismo lendo “Amor a qualquer Preço” e isso me causa uma felicidade indescritível.

Em outubro de 2010, eu e Eliane nos mudamos do Rio de Janeiro para Blumenau.

Foi uma resolução baseada em muito Daimoku, mas nem por isso foi menos difícil, pois eu era hantan do bloco e mesmo sabendo que tinha uma pessoa maravilhosa pronta para assumir o meu lugar (e, portanto, minha missão lá estava completa), não é fácil a gente deixar pessoas com quem temos laços profundos de amizade e afeto. Até porque eu estava saindo da cidade onde eu tinha nascido, onde estava toda a minha família e amigos.

Foi um choque cultural muito grande, pois Blumenau é muito diferente do Rio de Janeiro, tanto em termos de sociedade quanto dentro da organização, pois no Rio, o distrito Laranjeiras de onde eu vinha, por exemplo, abrange apenas os bairros Laranjeiras e Cosme Velho, com uma rua central que é a Rua das Laranjeiras, todas as reuniões ficavam a 10 minutos, a pé, da minha casa. Seria como se a Avenida Pequeno Príncipe e transversais fossem o Distrito Campeche, como ainda vai ser. Já o distrito Blumenau na época abrangia a cidade inteira e parte de Indaial e Gaspar. Tudo era muito longe, uma luta gigantesca, muito diferente de Rio e SP, que era o que eu conhecia da Gakkai até então. Mesmo assim, com toda essa dificuldade, a Ana, uma das hantans do nosso bloco, entregava os jornais de ônibus na cidade inteira. Eu entregava os impressos no Rio, mas era muito fácil, ia caminhando do kaikan (local para as práticas budistas) de Botafogo até a minha casa e entregava todos os jornais no caminho. O exemplo da Ana é que faz com que eu e a Eliane tenhamos o desejo e o prazer de entregar os impressos do nosso bloco agora aqui em Florianópolis, por causa dessa hantan maravilhosa, inspiradora e inesquecível que tivemos a boa sorte de conhecer.

Quando nos mudamos para Florianópolis, nos sentimos imediatamente acolhidas.

Queríamos muito que alguma de nossas responsáveis consagrasse nosso Gohonzon e a Salete, nossa Tikutan (responsável de comunidade), prontamente foi, tenho uma gratidão imensa por isso, pois o fato de ela ter nos recebido com tanto carinho foi importantíssimo para que eu pudesse criar laços com a comunidade, com o bloco e com a BSGI de Florianópolis. A Vanuza é outra pessoa por quem eu sinto enorme gratidão, por ter me dado tantas oportunidades de atuar no bloco Trindade, em especial o teatro que fizemos com as DFS e DFJs do bloco na Reunião de Palestra do distrito no final do ano passado, é algo que jamais esquecerei. Mais uma hantan maravilhosa que jamais esquecerei.

Mas assim como a gente não conhece nosso carma, também não conhecemos a nossa missão. Exatamente no momento em que estávamos super felizes e entrosadas no bloco Trindade e estávamos com uma determinação de Daimoku familiar, (durante três meses eu e a Eliane fizemos duas horas de Daimoku juntas todo dia), o dono do apartamento em que morávamos pediu o imóvel. Começamos a procurar na Carvoeira (onde morávamos) e na Trindade, mas só encontramos lugares menores e mais caros do que pagávamos na época e nossa determinação era encontrar um lugar melhor e pagando menos.

Procuramos pela Florianópolis inteira, Ilha e Continente, perto da sede, em São José, Palhoça, norte da Ilha, Centro, até que resolvemos procurar no Sul da Ilha. Desde os anos 90, a Eliane queria morar no Campeche. E foi no Campeche que encontramos exatamente o que queríamos, pagando metade do que pagávamos na Carvoeira. Assim que nos mudamos, continuamos participando do bloco Trindade, mas sabíamos que a transferência seria necessária, pois chegamos a demorar três horas para chegar à reunião por causa do trânsito e também sabíamos que precisávamos lutar na localidade em que moramos. Não foi sem sofrimento que pedimos nossa transferência, era muito amor envolvido, mais uma vez eu me via deixando pessoas com quem tinha laços profundos de amizade e afeto, como quando saí do Rio. Mas assim como eu mantenho o contato e a amizade com a família Soka no Rio, também mantenho com elas, afinal, laços que temos desde a cerimônia do ar não se desfarão nunca, não é mesmo? Agora,  Salete, Vanuza e eu somos companheiras de Mamorukai (meu grupo do coração!).

Jamais esquecerei a primeira vez que vi a Rosaura, minha butyo (responsável de distrito) maravilhosa, está fazendo um ano, foi um pouco antes da nossa transferência para o Sul da Ilha, eu estava na sede com a Eliane e ela se apresentou e nos deu as boas-vindas, e pode parecer algo tão simples, sem significado, mas significa muito, fez toda a diferença, pois imediatamente nos sentimos fazendo parte.

Como foi embasada em muito Daimoku, nossa escolha de casa e localidade não poderia ser mais perfeita. Temos muita boa sorte, pois fomos acolhidas de imediato, primeiro no bloco Campeche pela Dani G, e não foi fácil sair desse bloco, confesso que não foi sem sofrimento, mas em nenhum momento pensei em recusar, pois missão a gente não recusa, está em nossa vida e, quando fomos transferidas eu já tinha entendido que esse tipo de mudança não é uma perda, muito pelo contrário, pois só veio a somar, encontrei mais uma família no bloco Morro das Pedras, futura Comunidade Morro das Pedras.

Tanto que esse ano a Eliane assumiu uma supervisão em Blumenau e ficou muito tranquila em me deixar sozinha a semana inteira e só vir para Florianópolis nos finais de semana, pois sabia que eu não ficaria sozinha, tenho meus amigos da família Soka comigo.


É incrível como na Gakkai a gente não encontra, reencontra pessoas. Essa é a minha sensação aqui em Florianópolis e no Sul da Ilha, que eu conheço vocês há muito tempo.
Gostaria de ler um trecho do agradecimento impresso no meu livro, aquele que faz shakubukus:

“Praticar este budismo transformou inteiramente a minha vida, que de enevoada e sem foco virou algo brilhante, colorido, repleto de um tipo de felicidade que eu sequer imaginava que existia (aquela absoluta, que se encontra em mim), realmente acredito que a única forma de transformar o mundo em que vivemos é de dentro para fora, através da mudança individual interior de cada pessoa. Impossível descobrir e experimentar algo tão magnífico sem desejar compartilhar com todas as pessoas.”

Queria agradecer imensamente a todas do Distrito Sul da Ilha, por sempre terem sido tão receptivas, incentivadoras e maravilhosas comigo. Especialmente minha companheira de luta no bloco, Dani Prado, gratidão imensa, amiga, é bom demais atuar com você!

Eliane pelo apoio que sempre me deu, mesmo antes de ser praticante e membro da Gakkai. E minhas dirigentes: Ales, Ana Lúcia, Ana Maria, Rosaura e Rita. Tenho muito orgulho de fazer parte da tropa de elite de leoas do kosen rufu, que é a Divisão Feminina de Florianópolis!

Encerro meu relato com um poema do meu mestre da vida, o Doutor Daisaku Ikeda, que trago sempre no meu coração:


“Existe uma única estrada e somente uma, e essa é a estrada que eu amo. Eu a escolhi. Quando trilho nessa estrada as esperanças brotam e o sorriso se abre em meu rosto. Dessa estrada nunca, jamais fugirei.”

Três de dezembro de 2017.

*****

Nadege esqueceu-se de nos contar que, quando seu pai faleceu, ela entrou numa depressão muito profunda e que o psiquiatra disse a ela que ela não teria como viver sem os medicamentos. Faz dez anos que a Nadege não usa nenhum tipo de medicamento para depressão!

Gostou do relato? Você também tem um para nos contar? Bata enviá-lo em arquivo .doc, com uma ou duas fotos, que publicaremos aqui.

Os relatos de experiência do Budismo de Nichiren Daishonin são publicados às quartas-feiras.


Namastê!


Tânia
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segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Por que escolhi o Budismo de Nichiren Daishonin?


Algum tempo atrás, eu contei como foi o meu primeiro contato com o Budismo de Nichiren, porém não contei qual foi o motivo de ter decidido me converter em outubro de 2016.

Há muito tempo, eu tenho lido livros que falam sobre o Poder do Pensamento, mas há mais de 15 anos que tenho me dedicado a fundo, e desde 2014 eu comecei um processo espiritual que tem me encaminhado para onde eu estou hoje.

O que tudo isso tem a ver?

Tudo!

Eu frequentei outra linhagem do Budismo, conhecida por Vajrayana, de origem Tibetana, um pouco mais tradicional. Porém, do jeito que eu entrei, eu saí: sem saber nada. Eu acho que eu deveria ter uns 23 anos quando desisti do Budismo e voltei ao Espiritismo. Na verdade, eu nunca saí dele. Eu estava procurando algo que me desse sentido, então, eu frequentava ambas as religiões.

Em 2016, quando comecei a praticar o Budismo de Nichiren, enquanto eu ainda não tinha me convertido, eu participava das reuniões, e foram nessas reuniões que eu entendi que o Budismo tem tudo a ver com a Lei da Atração.

Tudo que eu estava estudando há décadas tem relação com o Budismo, não importando a linhagem, pois li outros livros sobre Budismo, sobre outras linhagens e, entendi que Sidarta Gautama já havia falado sobre o poder dos pensamentos, entre outros temas relacionados à LDA.

Como, desde 2014, eu estava desapontada com o Espiritismo, eu decidi me converter, porque as teorias são as mesmas, porém abordadas de forma diferente.

Foi através do Budismo de Nichiren que eu aprendi que o Estado de Buda (ou de Deus, seja a forma que você escolher) está dentro de mim e, com isso, eu posso realizar muitas coisas nesta encarnação.

Foi exatamente o momento em que todas as fichas começaram a cair, depois de tantos anos de estudo.

E o mantra NAM-MYOHO-RENGE-KYO é toda a base do Budismo de Nichiren. E foi assim que eu decidi me converter ao Budismo, porque era o que eu procurava desde criança.

Hoje, eu só tenho de agradecer. A minha vida mudou (e ainda está mudando) muito, devido ao Budismo de Nichiren Daishonin.

Se você tiver interessado neste Budismo, precisa participar das reuniões. Elas são feitas nas casas dos membros, porém existe um lugar muito bonito, foi lá, inclusive, que eu iniciei todo o processo, e esse lugar fica na Liberdade. Acredito que precisa de convite para ir até lá e participar dos eventos. Rola muita coisa legal.

O que posso indicar é entrar no site da BSGI e enviar um e-mail solicitando contato de alguém no seu bairro. A organização está em mais de 190 países, com certeza você irá encontrar algum lugar perto da sua casa.

Você também pode ler os artigos do Seikyopost. Muitos deles explicam como o Budismo de Nichiren funciona.

Eu recomendo. Porém, isto deve vim do seu coração. Não estou aqui para obrigar ninguém a se converter ao Budismo. Esta é uma opção sua. Só acho que vale a pena ler sobre o assunto, porque comigo fez toda a diferença, e ainda está fazendo.

Boa semana.

Namastê.


Tânia
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quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Um mês de Ressonância Harmônica


Nessa segunda-feira, 15/01/2018, eu completei um mês de Ressonância Harmônica do professor Hélio Couto.


Devido a isso, decidi fazer um vídeo sobre a minha experiência com a RH. É só o primeiro mês, gente! Porém, EU ESTOU AMANDO PROFUNDAMENTE! (até rimou...risos)

Recomendo a todos!

Assistam ao vídeo e vejam nos comentários, no Youtube, todos os links para saber como a Ressonância Harmônica funciona. Vale muito a pena.


Se queremos mudar o mundo, temos de começar por nós mesmos!



Namastê!

Tânia
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quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Budismo, relato de experiência: Carla Pazin

Uma das coisas de que gosto no Budismo de Nichiren Daishonin da BSGI é quando as pessoas contam o que conseguiram com a prática do Budismo e com a recitação do Daimoku (recitação do mantra Nam-Myoho-Renge-Kyo continuamente por um tempo que você mesmo determina).

Aliás, foi devido a um desses relatos que me fez tomar a decisão de me converter ao Budismo.

Hoje, eu tenho o orgulho de apresentar o primeiro relato de experiência daqui do blog, da minha amiga de jornada, Carla Pazin.

Não alterei e nem corrigi nada, deixei o relato na íntegra. Espero que gostem.

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Meu nome é Carla Pazin, conheci o budismo por meio de uma amiga, Nilce Miki Takahashi, de São Paulo, além de uma grande amiga, é uma excelente animadora e já fizemos muitos trabalhos juntas. Na ocasião eu fazia metrado em TV Digital, na UNESP de Bauru, cidade onde morava. Uma madrugada estava conversando com a Nilcinha e procurando artigos para o meu projeto de mestrado, quando me deparei com um texto que estava muito louco. como a Nilce é japonesa eu perguntei pra ela: O que é Gongyo?

O que é Daimoku? ela assustada parou o que estava fazendo e me ligou. “Onde você está lendo isso?” “Ah num artigo muito maluco aqui de TV Digital de um tal de Daisaku Ikeda” “Isso não é TV Digital, isso é budismo”... e foi assim que ela começou a me falar sobre o budismo, e já entrou em contato com os membros de Bauru.

Eu fui ao kaikan em Bauru, logo que cheguei, um rapaz muito sorridente me recebeu, era o Victor Rodrigues e eu falo pra ele até hoje que aquele sorriso no keibi dele mudou a minha vida! na ocasião teve uma concessão, quem recebia o Gohonzon era uma mulher de cerca de 50 anos, e ela chorava muito e eu chorava muito também, na hora pensei: “Quando for a minha vez, vou precisa de uma toalha, de um balde, sei lá”.

Terminada a reunião, conversei com a Responsável da DFJ da RM Bauru, Joelma Tokusato (hoje ela mora em São Paulo e é a responsável da DE da BSGI) e manifestei a vontade de receber o meu Gohonzon.

Me converti e recebi o Gohonzon no dia 19/06/11, em Bauru. Nesse dia teve uma apresentação da NEK e eu fiquei com muita vontade de participar daquele grupo...

Mas, como sempre temos maldades para tentar nos afastar da prática. Na época eu estava desempregada, mas estava recebendo o seguro desemprego e as contas foram chegando, eu rebolando pra pagar, fazendo um bico aqui, outro ali, e fui me virando, alguém sabe o que é isso? (risos). Mas eu nunca me desesperei porque eu sempre tive a convicção de que se eu sentasse na frente do oratório e fizesse o Daimoku colocando o meu sentimento ao Gohonzon eu não teria um obstáculo intransponível. E o dinheiro do aluguel sempre aparecia do nada na data exata para pagar.

E as dificuldades não paravam por aí: minha saúde começou a me preocupar. No começo era apenas uma vertigem, pensei que fosse alguma fraqueza, já que não estava me alimentando direito pela quantidade de trabalhos que eu pegava, ou mesmo porque passei a economizar o dinheiro do ônibus indo e voltando pra faculdade e pra uma produtora de bicicleta... aí minha bicicleta foi roubada!!! passei a ir a pé (7km pra ir e 7km pra voltar da faculdade e uns 3km pra ir e 3km pra voltar da produtora, eu praticamente caminhava uma São Silvestre por dia eheheh).

Então, comecei a ter sangramento no nariz, mas era muito constante, eu nunca tive isso na vida e me preocupei e resolvi procurar um médico, mas tive outro problema: como pagar? Eu não tinha plano de saúde. Daimoku! Uma amiga que trabalhava em uma clínica de um hematologista, e conseguiu uma consulta e eu não precisaria pagar. E lá fui eu, fiz exame de sangue e eu estava com anemia grave (e eu era vegetariana, pra ajudar, mas já que o médico mandou comer carne, voltei a comer carne, budismo é bom senso).

Parecia que quanto mais horas de Daimoku eu fazia, mais problemas surgiam. Então, sentei na frente do Gohonzon e lancei um desafio, faria 4 horas todos os dias e transformaria minha vida, não importando quanto tempo levasse, acordava às 4 da manhã e fazia 4 horas seguidas até as 8, algumas vezes fazia até mais. Gente, eu PRECISAVA transformar a minha vida e me empenhei totalmente pra isso.

Uma semana antes da minha primeira Shakubuku receber o Gohonzon eu fiz os exames de sangue novamente e tudo estava bem, tudo normal. O médico mesmo não acreditava em como aquilo era possível.

Alguns dias depois, acordei em uma manhã de sábado, fiz Gongyo, quando fui fechar o oratório, tive uma crise de choro, estava desempregada há mais um ano, longe da família, passando por dificuldades financeiras, problemas de saúde, desenvolvi síndrome do pânico, pegava muito mais trabalho do que eu podia e cobrando muito menos do que valia. Olhei pro Gohonzon e falei: eu só saio daqui com uma resposta.

Comecei a orar e um sentimento de gratidão tão grande tomou conta de mim que parecia que eu estava flutuando, tudo a minha volta sumiu e por algum tempo só existia eu e meu Gohonzon no universo inteiro. Fiz 9 horas de Daimoku seguidas e nem pareceram 9 minutos e, então, tive sabedoria e coragem para tomar a decisão que retornar pra casa dos meus pais era a melhor opção. Eu não tinha um bom relacionamento com meus pais...

Em janeiro de 2012, 7 meses após receber o Gohonzon, voltei a morar com meus pais em Sertãozinho, então, consegui um emprego fixo num programa de TV. Tudo resolvido!

Aí o cara do programa na TV simplesmente sumiu e não pagou ninguém. E não é porque tenho um Gohonzon em casa que tudo vai acontecer e a minha vida vai ficar perfeita, eu também preciso me mexer e, conversando com alguns amigos da área, soube que a produtora em Ribeirão Preto, que sempre quis trabalhar, desde a época da faculdade iria abrir vaga de temporário, de três a quatro meses. Campanha política, pauleira.

Acordei cedinho, fiz um Gongyo e Daimoku determinando que aquela vaga seria minha. Cheguei à produtora sem hora marcada, nada. E o rapaz que fazia a seleção perguntou quem tinha me indicado eu disse que fiquei sabendo da vaga e que estava lá pro que eles precisassem. Um mês depois me ligaram e assinei contrato por três meses, com o salário duas vezes mais alto que o normal. Comecei dia 1º de julho e trabalhei até o começo de outubro, foram os três meses mais intensos profissionalmente, muito trabalho e muita dedicação.... posso dizer que foi a melhor experiência profissional que eu tive.

Nesse meio tempo eu assumi como responsável do Bloco Liberdade, em Sertãozinho e tive a certeza de que a minha luta me tornaria uma pessoa melhor e me abriria muitas portas. E foi o que aconteceu, comecei a lutar no meu bloco e, consegui emprego fixo em uma TV em Ribeirão.

Mas, tinha de ter um mais mas... Eu trabalharia de segunda a sábado das duas da tarde até às oito da noite, o que me impossibilitaria participar das atividades da organização. E lá fui eu, novamente, para duas horas de Daimoku diárias.

E no dia 3 de março eu fiz minha entrevista e entrei pra NEK, que era uma coisa que eu queria desde sempre, mas por causa da quantidade de trabalho eu nunca pude fazer entrevista. Os ensaios eram normalmente de domingo e eu conseguiria participar.

Escolhi a flauta transversal. E não pensem que eu parei o desafio de Daimoku, aumentei pra 3 horas para conseguir ter condições de comprar o instrumento.

Bom... No dia 9 de março recebi uma ligação da prefeitura de Sertãozinho, me convocando para trabalhar. Mas como assim? Ah, eu tinha prestado um concurso público dois anos antes, mas não tinha ido tão bem assim, de 6 vagas disponíveis eu era a número 30. E não é que Daimoku funciona mesmo? Adeus carma de desemprego, agora sou estatutária e não posso ser demitida, trabalhava na Secretaria de Educação e Cultura da cidade, fui designada a uma escola, a mesma que a minha mãe leciona. Ah! O salário também é muito melhor que na TV, fora aquele monte de privilégios do funcionalismo público, seis abonadas por ano, 14º salário, essas coisas. E trabalhava até às 4 da tarde.

Lembram que eu trabalhava numa TV? Bom o acerto de contas comprei minha flauta. Fiquei 3 anos na prefeitura de 2013 a 2016, tive inúmeros desafios, desde uma diretora me perseguindo e tentando me prejudicar até acordar e praticamente chorar por não querer ir trabalhar, voltei a ter alguns episódios de pânico e sentia que a qualquer momento eu iria desabar.

Em 2014 eu conheci a Flavia e começamos a nos relacionar, bem no começo do ano, depois do carnaval rs. A Flavia é uma pessoa incrível que sempre me incentivou muito e me apoiou incondicionalmente.

Então, um dia eu cheguei do trabalho e liguei pra Fla chorando falando que eu não queria mais trabalhar na prefeitura que eu tinha um salário bom, mas que eu estava infeliz, ela me acalmou e falou: Esse budismo que você tanto fala, não é pra ser feliz? Eu não vejo você feliz, do que precisa pra ser feliz? Eu to aqui.

Exonerei da prefeitura e me mudei pra SP pra morar com a Fla em abril do ano passado. Foi um ano bem turbulento por que nós duas ficamos desempregadas, a bolsa da Residência da Flavia terminou… eu comecei a trabalhar com marcenaria e a Flavia começou em algumas clínicas de cão e gato, apesar da formação dela em Veterinária de Aves, a gente precisava pagar contas e comer.

Em abril desse ano comecei a trabalhar com vídeo numa empresa de software que fica menos de 2km de casa, carteira assinada, salário em dia, plano de saúde e convênio odontológico.
Em maio a Flavia finalmente se converteu! Brigada Raniy!

Vocês devem estar se perguntando onde está a Flavia, bom ela está no Rio de Janeiro trabalhando num das maiores clínicas de Aves (exclusivamente aves) do Brasil, a princípio ela ficaria seis meses, mas o veterinário dono da clínica já falou que quer que ela seja seu braço direito já que ele vai pra Arábia Saudita trabalhar com reprodução de ararinhas azuis (o rapaz é bem fraquinho).

Quando ela recebeu essa proposta de emprego eu ainda brinquei com ela e falei: você deveria ter especificado que queria aqui em São Paulo né?

Bom, vamos esperar esses seis meses e se essa promessa dele realmente se concretizar.

Aí acabei machucando o joelho no trabalho, ainda estou me recuperando… Preciso fazer uma ressonância, mas como ainda estou em período de carência do plano eles não liberam, como também não liberam a cirurgia que o médico disse q preciso fazer.

Hoje, faz 15 dias que machuquei o joelho e não sinto dor alguma e nem sinto mais incômodos, acredito que não vou precisar de cirurgia.

Tem uma orientação do Ikeda Sensei que eu gostaria de compartilhar: “"Não temos com o que nos preocupar nem nada a temer. Ganhando ou perdendo, o mais importante é transformar as vitórias e derrotas em causas para triunfar na próxima luta. Cada momento é um NOVO PONTO DE PARTIDA. A prática do Budismo da verdadeira causa está em continuar a avançar sempre com otimismo e confiança, ATÉ O PRÓXIMO TRIUNFO, firmemente unidos aos nossos companheiros de fé com o mesmo objetivo. Este ensino nos instiga a AVANÇAR A PARTIR DO MOMENTO PRESENTE".

Muito obrigada, Carla.

***

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Namastê!

Tânia
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