Aqui
irei explanar sobre o Mundo dos Ouvintes
da Voz e o Mundo do que Despertaram
para a Causa, pois são semelhantes em relação à busca pela autorreforma,
por isso são conhecidos por Mundo dos Dois Veículos.
Estes
mundos já fazem parte dos Quatro Nobres Mundos, junto com o Mundo dos
Bodisatvas e o Mundo dos Budas.
O
Mundo dos Dois Veículos corresponde, respectivamente, pelos estados de erudição
e absorção. Este é o momento em que a pessoa passa a compreender os fenômenos
da vida através da observação e dos estudos. A pessoa começa a compreender a
impermanência ou a transitoriedade da vida, ultrapassando o apego às coisas
materiais ou problemas, com a consciência de que tudo está em constante
transformação.
Porém,
a pessoa dos Dois Veículos não está interessada em ajudar as outras pessoas,
por isso, sua iluminação é parcial. Elas deixam de buscar o Estado de Buda,
mesmo reconhecendo a sua grandiosidade.
Infelizmente,
as pessoas dos Dois Veículos são egocêntricas.
Eu
poderia citar aquele chefe inteligente, que sabe de muitas coisas, que não
briga, que é sempre calmo, porém, ele é centralizador. Não se preocupa com o
crescimento de seus funcionários, não ensina, simplesmente só pensa em si
mesmo, mesmo não demonstrando isso.
Existem
muitas pessoas assim. Seja no mundo artístico ou no mundo de pessoas normais
como eu... (risos)
Não
podemos esquecer de que isso é um estado emocional. Qualquer pessoa que está no
Mundo dos Dois Veículos pode ir para o Mundo do Inferno em questão de segundos.
Vou
contar uma história que aconteceu comigo já tem aproximadamente um mês.
Era
um domingo e eu já tinha feito o Gongyo e o Daimoku. Fiquei algum tempo fazendo
um pouco de meditação em meu quarto, e porta permaneceu fechada o tempo todo.
Ao todo, eu acho que isso tudo durou umas duas horas e meia. Eu tenho três
gatos. Nessa época, eu deixava um pote de água sobre a minha cômoda por causa
do tempo seco. Meus gatos subiam na cômoda para beber essa água, o que para mim
era normal. Eu até trocava a água para que eles pudessem bebê-la. Quando eu
abri a porta, o meu gato macho entrou e subiu na cômoda para beber a água. Ao
sair, a cômoda estava um pouco escorregadia, pois eu tinha feito limpeza em meu
quarto, e passado lustra móveis nela, com isso, meu gato derrubou meu incensário,
quebrando-o. Imediatamente entrei no Mundo dos Asura. Fiquei com tanta raiva
que eu gritava feito louca. Eu amava aquele incensário, e foi destruído em
segundos. Meu gato, assustado, correu para a sala e ficou olhando para mim, de
longe. Ao vê-lo naquele estado eu percebi que tinha alterado meu estado
emocional. Caramba! Depois de duas horas e meia me dedicando ao meu estado de
Buda, eu, em questão de segundos, fui para o estado de ira. Foi nesse momento
que percebi que mudamos de um estado para outro imediatamente. Claro que me
acalmei. Joguei o resto do incensário fora e voltei para meu quarto. Meu gato
ficou uns três dias sem entrar no meu quarto depois disso. Tadinho. Agora,
tenho mais consciência disso, e procuro ficar mais alerta em relação às minhas
emoções.
Entendeu
o que eu quis dizer em entrar num mundo e mudar para outro instantaneamente?
Espero que sim.
Contei
essa história somente para ilustrar como nós somos vulneráveis às coisas
externas, mesmo sabendo que tudo é ilusório.
Ainda
tenho muito que evoluir... (risos) 😁
Somente
com a prática altruísta é que podemos atingir o Mundo dos Budas e não mais
transitar entre um mundo e outro, atingindo a Iluminação.
Reforçando: qualquer pessoa pode
atingir a Iluminação!
Um comentário:
perfeito
Postar um comentário