Um ano atrás quando eu recebi o meu Gohonzon |
“Uma pessoa
verdadeiramente grandiosa é aquela que consegue vencer a si mesma. Aquele que
consegue vencer o inimigo é forte, mas aquele que consegue vencer a si próprio
é realmente poderoso. Vencer e desafiar a si próprio é uma tarefa árdua e
requer muita coragem e só conseguimos com muita humildade, seriedade e
sinceridade. Admitir que estamos errados e reconhecer que, em determinadas
situações, somos o centro do problema, são atitudes muito corajosas, em que a
decisão e a determinação de mudar a si próprio é fundamental.”
Hoje,
faz exatamente um ano que me converti ao Budismo de Nichiren Daishonin.
A
cerimônia foi na sede de São Paulo na Rua Tamandaré e, junto comigo, havia 19
pessoas para receber o Gohonzon. Foi emocionante.
Mas o que aconteceu
comigo nesse tempo?
Em
outro post eu disse que não aconteceu nada de mais quando completei um ano de
prática.
Bom,
continuo dizendo a mesma coisa... (risos).
Calma!
Se você quer ser budista, não desanime!
Sua
vida não se torna mágica só porque você se tornou Budista, você apenas se torna
mais sábio. Pelo menos, comigo é e está sendo assim.
Atualmente,
eu estou enfrentando questões profissionais, financeiras e pessoais um pouco delicadas.
E ao me converter, fiz tudo o que fui orientada a fazer. Porém, nada disso foi
transformado.
No
entanto, algo mudou em mim e isso é o que mais importa agora.
Não
arrumei outro emprego, não tive aumento de salário, não me casei... (risos),
mas hoje eu tenho um discernimento a respeito da minha vida e das coisas faço e
que deixo de fazer que seu valor é imensurável.
Posso
dizer que “ficha demorou a cair”. Foram mais de 365 dias (comecei a praticar
para valer em 2/07/16) recitando uma hora de Nam-myoho-renge-kyo e, recentemente,
percebi o verdadeiro valor de ter me tornado Budista. Como eu queria ter me
convertido há mais tempo... (risos)
Hoje,
eu sei o que é ser humano. O que é saber e entender que os sofrimentos fazem
parte, e são necessários para o nosso crescimento espiritual.
Claro
que não vou dizer que tudo o que acontece comigo eu levo numa boa, mas consigo
mudar o meu estado de espírito rapidamente, porque entendo que a vida é assim
do jeito que ela se apresenta. É a sua maneira ao reagir aos acontecimentos do
dia a dia que faz toda a diferença em sua vida.
Ficar
triste para quê? Até as alegrias têm prazo de validade.
Saber
que nada dura para sempre e que a vida é eterna me faz pensar em não ter pressa;
em não desejar que as coisas devam ser do jeito que eu quero; saber reconhecer
quando eu estou errada; perceber que todas as pessoas têm o estado de Buda
dentro delas, até mesmo daquelas pessoas que fazem as maiores atrocidades. Sim,
elas têm, só não despertaram ainda. Aprendi a pedir perdão. Gente, eu voltei a
falar com meu ex e, acreditem, ficamos amiguinhos de trocar figurinhas. Não é
ótimo isso? Quem diria?
Contudo,
o que realmente mudou em minha vida foi perceber que estou aqui para ajudar as
pessoas da melhor maneira possível. Seja em forma de um elogio, numa palavra de
apoio, os textos que escrevo aqui... E eu sei que farei muito mais. E é isso
tudo que me faz feliz hoje. Não o emprego perfeito com o salário dos sonhos.
Claro que tudo isso é importante, mas ter tudo isso sem propósito algum é
morrer aos poucos. É ter uma vida sem graça.
Ter
a certeza de que somos únicos, efêmeros e iluminados impulsiona qualquer
pessoa, em qualquer estado em que ela esteja a lutar por seus desejos e fazer
desse mundo um lugar melhor para todos nós.
Você
é responsável pela sua vitória.
Gostaria
de encerrar com duas citações do mestre Daisaku Ikeda, que eu acho que tem tudo
a ver com o meu depoimento de hoje:
“Uma pessoa que
consegue brilhar nas sombras, consegue ser feliz em qualquer lugar, em qualquer
circunstância.”
“Em nossas vidas há
momentos de alegria e de sofrimento. Se conseguirmos entender que sempre haverá
bons e maus poderemos gradualmente a não esperar somente bons momentos, e nem a
detestar os maus.”
Nam-myoho-renge-kyo.
Boa
semana.
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