segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Um ano de conversão ao Budismo de Nichiren Daishonin

Um ano atrás quando eu recebi o meu Gohonzon
“Uma pessoa verdadeiramente grandiosa é aquela que consegue vencer a si mesma. Aquele que consegue vencer o inimigo é forte, mas aquele que consegue vencer a si próprio é realmente poderoso. Vencer e desafiar a si próprio é uma tarefa árdua e requer muita coragem e só conseguimos com muita humildade, seriedade e sinceridade. Admitir que estamos errados e reconhecer que, em determinadas situações, somos o centro do problema, são atitudes muito corajosas, em que a decisão e a determinação de mudar a si próprio é fundamental.”

Hoje, faz exatamente um ano que me converti ao Budismo de Nichiren Daishonin.

A cerimônia foi na sede de São Paulo na Rua Tamandaré e, junto comigo, havia 19 pessoas para receber o Gohonzon. Foi emocionante.

Mas o que aconteceu comigo nesse tempo?

Em outro post eu disse que não aconteceu nada de mais quando completei um ano de prática.

Bom, continuo dizendo a mesma coisa... (risos).

Calma! Se você quer ser budista, não desanime!

Sua vida não se torna mágica só porque você se tornou Budista, você apenas se torna mais sábio. Pelo menos, comigo é e está sendo assim.

Atualmente, eu estou enfrentando questões profissionais, financeiras e pessoais um pouco delicadas. E ao me converter, fiz tudo o que fui orientada a fazer. Porém, nada disso foi transformado.

No entanto, algo mudou em mim e isso é o que mais importa agora.

Não arrumei outro emprego, não tive aumento de salário, não me casei... (risos), mas hoje eu tenho um discernimento a respeito da minha vida e das coisas faço e que deixo de fazer que seu valor é imensurável.

Posso dizer que “ficha demorou a cair”. Foram mais de 365 dias (comecei a praticar para valer em 2/07/16) recitando uma hora de Nam-myoho-renge-kyo e, recentemente, percebi o verdadeiro valor de ter me tornado Budista. Como eu queria ter me convertido há mais tempo... (risos)

Hoje, eu sei o que é ser humano. O que é saber e entender que os sofrimentos fazem parte, e são necessários para o nosso crescimento espiritual.

Claro que não vou dizer que tudo o que acontece comigo eu levo numa boa, mas consigo mudar o meu estado de espírito rapidamente, porque entendo que a vida é assim do jeito que ela se apresenta. É a sua maneira ao reagir aos acontecimentos do dia a dia que faz toda a diferença em sua vida.

Ficar triste para quê? Até as alegrias têm prazo de validade.

Saber que nada dura para sempre e que a vida é eterna me faz pensar em não ter pressa; em não desejar que as coisas devam ser do jeito que eu quero; saber reconhecer quando eu estou errada; perceber que todas as pessoas têm o estado de Buda dentro delas, até mesmo daquelas pessoas que fazem as maiores atrocidades. Sim, elas têm, só não despertaram ainda. Aprendi a pedir perdão. Gente, eu voltei a falar com meu ex e, acreditem, ficamos amiguinhos de trocar figurinhas. Não é ótimo isso? Quem diria?

Contudo, o que realmente mudou em minha vida foi perceber que estou aqui para ajudar as pessoas da melhor maneira possível. Seja em forma de um elogio, numa palavra de apoio, os textos que escrevo aqui... E eu sei que farei muito mais. E é isso tudo que me faz feliz hoje. Não o emprego perfeito com o salário dos sonhos. Claro que tudo isso é importante, mas ter tudo isso sem propósito algum é morrer aos poucos. É ter uma vida sem graça.

Ter a certeza de que somos únicos, efêmeros e iluminados impulsiona qualquer pessoa, em qualquer estado em que ela esteja a lutar por seus desejos e fazer desse mundo um lugar melhor para todos nós.

Você é responsável pela sua vitória.

Gostaria de encerrar com duas citações do mestre Daisaku Ikeda, que eu acho que tem tudo a ver com o meu depoimento de hoje:

“Uma pessoa que consegue brilhar nas sombras, consegue ser feliz em qualquer lugar, em qualquer circunstância.”

“Em nossas vidas há momentos de alegria e de sofrimento. Se conseguirmos entender que sempre haverá bons e maus poderemos gradualmente a não esperar somente bons momentos, e nem a detestar os maus.”

Nam-myoho-renge-kyo.


Boa semana.

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