Este
princípio da conectividade é manifestado no Budismo de Nichiren com o espírito
de “diferentes em corpo, unos em mente”. O que também é ensinado para quem
estuda a Lei da Atração.
Pode
parecer estranho, mas estamos todos conectados de alguma forma. E tudo o que
fazemos, seja bom ou ruim, afeta os outros, direta ou indiretamente. Como já
disse aqui, uma oração muitas vezes nem é para você, mas para alguém que está
conectado contigo no momento e é ele(a) quem recebe o benefício. Não se esquece
de que tudo é uma questão de merecimento, além do empenho, é claro.
Em
vários momentos estamos unidos. Seja no ambiente de trabalho, uma celebração de
aniversário, um encontro com os amigos num bar, num magnífico show, numa
passeata, numa procissão e, sem esquecer, num encontro religioso, seja missa,
culto ou uma reunião de estudo. São nesses momentos que estamos unos em mente,
mesmo tendo as nossas diferenças. Porém, muitas vezes estamos desconectados uns
dos outros, e o resultado da união nem sempre é satisfatória.
Quero
usar de exemplo o ambiente de trabalho. Lembro-me de quando me tornei
coordenadora pedagógica de uma pequena escola de idiomas. Eu estava imensamente
empolgada com a possibilidade de fazer o meu trabalho dar certo. No entanto, eu
percebi que os demais funcionários estavam contra mim e também contra o
crescimento da escola. Era muita reclamação e falta de vontade, o que não
trouxe nenhum benefício tanto para mim quanto para escola. Como eu não era
budista na época, o que eu escolhi foi sair de lá e trabalhar em outro lugar
onde a união fosse algo em comum. Uns dois anos depois, a escola em questão
fechou.
Por
que será que no local de trabalho a desunião prevalece? Por que as pessoas
reclamam tanto do seu trabalho se é ele quem te paga suas contas com o salário
que recebe? Por que vibrar tão negativamente em todo o ambiente de trabalho,
deixando de promover o seu crescimento e consequentemente o crescimento da
própria empresa? Lembre-se: o que fazemos a nós mesmos afeta o outros.
Eu
sempre acreditei que a união faz a força. Tanto faz a força que Jesus mesmo
disse: quando duas ou mais pessoas estiverem presentes em seu nome, ele também
estaria lá.
Na
trilogia “Conversando com Deus” de Neale Donald Walsch, ele explica que cada um
de nós possui um campo magnético, e quando estamos em contato com outra pessoa,
um terceiro campo magnético é criado. Agora imagine quando estamos em um grupo
de pessoas? Porém, cuidado com o tipo de energia que você está se reunindo com
outras pessoas. Ela é boa ou ruim? O que está sendo criado com isso?
Acontecimentos bons ou ruins? Avalie.
Não
é à toa que todas as religiões reúnem as pessoas em vários dias da semana para
que a união faça criar algo de bom para todos nós. O mundo só está de pé hoje
devido às orações que fazemos. Caso contrário, eu acredito que o planeta Terra
já teria sido destruído.
A
partir de hoje comece a prestar a atenção às pessoas a sua volta e perceba que
tipo de campo magnético elas estão criando. Perceba se você quer fazer parte
dele ou não.
Não
estou dizendo que você deva se afastar das pessoas. Não, ninguém é capaz disso.
Segundo Dalai Lama, nós dependemos de todos e tudo! Não temos como viver como
se fôssemos uma ilha. Porém, tenha mais cuidado com as pessoas que você convive
no dia a dia.
Perceba
que no Brasil a corrupção é considerada como algo natural. Coisa que não
deveria ser natural, porque não traz benefícios para ninguém. No entanto, são
séculos de existência nos quais as pessoas só aprenderam que ser corrupto no
Brasil é a melhor coisa a se fazer. Como sou professora, eu vejo isso o tempo
todo entre os jovens. Infelizmente, ser corrupto no Brasil se aprende desde
cedo. Recentemente, fui corrigir um trabalho solicitado aos meus alunos, e um
pequeno grupo deles copiou frases da Internet, acreditando que eu não iria
perceber. Isso também é corrupção.
Outra
questão que acontece com frequência é as pessoas meterem o pau no Brasil. É o
tempo todo. Seja nas redes sociais, no local de trabalho, com os colegas da
escola, até no elevador quando encontramos um vizinho.
As
pessoas não percebem, mas falar mal dos outros e também do país é um ato que só
faz criar cada vez mais coisas ruins.
No
jornal Brasil Seikyo, no caderno Encontro com o Mestre de 20 de maio de 2017,
existe a seguinte passagem:
“[...]
é tolice sermos influenciados por simpatias ou antipatias e permitimos que
nossa prática enfraqueça em virtude disso. Essa atitude só abre brecha para as
funções demoníacas penetrarem, tornando-nos presas fáceis para essas forças
negativas.”
“Por
essa razão, Daishonin adverte
rigorosamente seus seguidores contra o ato de falar mal uns dos outros. ‘Por
mais desgradável que possa ser, deve tratá-los (as pessoas) de modo amistoso.
Mesmo que eles (as pessoas) tenham falhas, se forem pequenas, simplesmente
finja que não as notou e mantenha um bom relacionamento com aqueles que
acreditam neste ensinamento; faça de conta que não vê e não ouve, não aponte
aspectos dessas pessoas que o desagradam’.”
Sabemos
que reclamar ou falar mal do outros não vai fazer o problema se resolver, não é
mesmo?
Dashonin
ainda diz, “somos todos budas, portanto, criticar o outro é o mesmo que
criticar um buda”. Ele ainda reforça, “quando as pessoas desenvolvem o hábito
de criticar os outros e, como nunca mudam essa
atitude equivocada, parecem se destinar os maus caminhos”.
Une-se
com o propósito maior da vida. Você é criador da sua realidade, e da realidade
dos outros. Seja responsável pelos seus pensamentos, pelas suas falas e
atitudes.
Todos
nós agradecemos.
Namastê!