sábado, 29 de outubro de 2016

A semana em que eu recebi o Gohonzon


No domingo, 23/10, eu recebi meu Gohonzon. Foi uma cerimônia muito linda, com muitos eventos e palestras interessantes.
Pouca gente sabe, mas eu já passei por várias religiões em minha vida até eu, realmente, me converter budista. Nasci numa família Católica, daquelas que mal vão à igreja. A minha família era católica mais por uma “imposição” da sociedade, ou por que não tinha conhecimento de outra religião. Quando me mudei para São Paulo (eu nasci em Campinas), passei a frequentar o Espiritismo por causa da minha mãe, até que aos trinta e poucos anos de idade eu fiz o curso de médium, com direito a diploma e tudo. Atuei em um centro espírita aqui perto de casa, e também em algumas sessões de Apometria. Já fui da Rosa Cruz e até me envolvi com coisa pesada, como Magia Negra. Em 2000 eu me tornei Reikiana e, no ano seguinte, eu me tornei mestre em Reiki (Usui e Karuna).
Desde pequena eu sempre tive uma conexão com o “invisível”. Com menos de quatro anos, eu já andava com a Bíblia embaixo do braço. Eu achava o livro sagrado tão lindo que eu queria aprender a ler e escrever só para lê-lo. Porém, não deu muito certo. Aprendi a ler e escrever aos cinco anos, porém, deixei a Bíblia de lado. (risos)
Aos 17 anos fiz curto de Tarot, mas eu já sabia ler cartas aos 14 anos. Fiz curso de Runas e de Reiki Xamânico. Um pouco mais tarde, fiz curso de Astrologia Cármica.
Mesmo com tanto conhecimento, eu ainda sentia um vazio existencial. Eu nunca estive feliz com a minha vida, tanto que, em 2010, eu tentei o suicídio.
A primeira vez que eu tive contato com o Budismo Nichiren foi quando eu tinha entre 17 e 18 anos, quando assisti ao filme sobre a história da Tina Turner. No entanto, como o filme não explica direito sobre o Budismo Nichiren, eu passei a frequentar um centro Budista da linhagem Mahayana. Isso durou cerca de três anos. Parei de frequentar o centro porque eu não entendia muita coisa, e as pessoas não explicavam muito bem, me deixando ainda mais confusa, e triste.
Após tudo isso, por volta de 2013 e 2014, eu desisti das religiões. Nenhuma estava proporcionando o que eu estava procurando. Já fazia uns 10 anos que eu estudava sobre as leis universais, eu já havia conseguido algumas coisas, mas ao mesmo tempo, eu sentia que faltava aquela ferramenta que daria aquela força que eu tanto almejava.
No começo deste ano, após um rompimento de um relacionamento bem complicado, eu me vi naquela situação novamente de 2010, quando tentei acabar com a minha vida. Era uma tristeza muito grande, eu chorava praticamente todos os dias, e isso não estava me fazendo bem.
Um dia, um amigo me chamou para pedalar na ciclovia numa quarta-feira de manhã. Eu nunca havia pedalado na ciclovia durante a semana, menos ainda pela manhã, mas aceitei, porque eu tinha tempo para isso. Acordei bem cedo porque ele iria me pegar às 6h30. Chegando à ciclovia, esse meu amigo me deixou sozinha e foi pedalar com os amigos dele. No começo, eu fiquei bem chateada, mas encontrei outro amigo no local e ficamos pedalando juntos. Com isso, encontrei meu amigo Arnaldo. Quando eu sofri um acidente de bicicleta em 2011 e tive fratura exposta em meu braço direito, Arnaldo foi a única pessoa que me visitou em casa, quando eu saí do hospital. Detalhe, Arnaldo mora na zona Leste, e eu na Oeste, e mesmo assim, ele foi até a minha casa para ver como eu estava. Arnaldo e eu conversamos um pouco e cada um tomou seu rumo.
Eu já estava praticando o mantra Nam-Myoho-Renge-Kyo e fui pesquisar mais sobre quando eu deparei com a uma foto do Arnaldo na página da BSGI do Facebook. E depois desse momento, o Arnaldo me conduziu e me apresentou ao Budismo Nichiren de fato.
No entanto, de fevereiro até junho deste ano, o meu humor oscilava muito. Havia dias em que eu estava muito triste e outros, bem feliz. Eu não fazia o mantra constantemente. Era dia sim dois não. (risos) Até que um dia, a sogra do Arnaldo me explicou como ele funciona, e passei a fazer o Daimoku em 2 de julho deste ano. Comecei com uns 15 minutos, até fazer 1h30.
Muitas pessoas me perguntavam se eu queria receber o Gohonzon, mas eu achava que era cedo demais, que eu precisava de mais tempo. Talvez um ano ou mais. Não me sentia segura. Só que tomei a decisão de sopetão há um pouco mais de um mês numa reunião feita pela família do Arnaldo lá na zona Leste. Assinei os documentos necessários e fiquei esperando o dia da concessão chegar.
Na terça-feira, dia 25/10, Arnaldo e sua esposa vieram em casa para consagrar o Gohonzon. Deu mais trabalho para instalar o oratório em casa do que fazer a cerimônia. A esposa dele me emprestou o oratório para quando eu tiver melhores condições financeiras e de espaço para eu adquirir meu próprio oratório. Mas, comprei os balangandãs todos. (risos). Confesso que eu esperava uma cerimônia de consagração de Gohonzon mais bonita, mas mesmo assim valeu. No dia seguinte, foi o meu primeiro dia de fazer Daimoku olhando para o meu Gohonzon, e no meio da recitação do mantra, eu comecei a chorar de emoção!
Hoje, 29/10, dei meu primeiro depoimento numa reunião. Falei sobre como foi receber o Gohonzon. Eu adorei! Espero que venham outros depoimentos.
Eu sei que minha vida não irá mudar da noite para o dia. No entanto, eu tenho certeza de que muita coisa irá mudar, porque o Gohonzon e o Daimoku são aquelas ferramentas que eu tanto procurava, e agora eles serão meus parceiros nesta nova jornada que iniciou esta semana.


Namastê.

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